Saúde: Baixas temperaturas agravam o aparecimento de infecções respiratórias

 Com a chegada do frio, o tempo em alguns estados se mantém seco, úmido ou instável e é necessário um cuidado redobrado com a saúde para evitar queda da imunidade e surgimento de doenças. Nessa época do ano, as doenças mais comuns são as infecções das vias respiratórias, como afirma o pneumologista João Antônio Bonfadini Lima, da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre.

“Nessa época fria, é necessário ter um cuidado a mais com a saúde, devido às grandes chances de contrair infecções nas vias respiratórias como sinusite, gripes, resfriados e otite, seguidas de crises de asma e agravação  de doenças pulmonares crônicas e pneumonias. Mas as mais comuns são gripes virais e resfriados.”

O especialista afirma que os principais meios de contaminação são pelo contato com pessoas com gripe, nas mudanças de tempo e na exposição a alérgenos. Nestes casos, as medidas de prevenção indicam a frequente higienização das mãos com água e sabão, evitando contato com os olhos, boca e nariz quando não higienizadas, a utilização de álcool em gel e sempre que possível sair bem agasalhado em dias mais frios.

A Oficial Administrativa da PSF Varginha, Minas Gerais, Celeste Carielo Zambotti, sofre com o ressecamento das vias respiratórias e da pele e indica a hidratação como caminho para evitar problemas. “Embora muitos entendam que no calor é que se toma muita água, no frio é que a necessidade se revela. Normalmente, para vias respiratórios, utilizo soro fisiológico. Quando a situação se agrava para uma gripe forte, procuro um médico.”  

De acordo com o dr Lima, além da hidratação, uma alimentação natural rica em verduras e frutas auxiliam no bom funcionamento e desenvolvimento da imunidade. E faz alerta para o cuidado especial com os grupos da população mais vulneráveis a contrair doenças infecciosas. “Idosos e bebês são mais vulneráveis a quadros virais. Os cuidados necessários para crianças pequenas e idosos são a vacinação e evitar a exposição.” 

Para reduzir a probabilidade de contágio, o especialista recomenda evitar aglomerações, exposição ao ar frio, ambientes muito húmidos e no contato, principalmente com crianças pequenas, a higiene de mãos e rosto.

“Caso ocorra a contaminação, pais ou responsáveis devem procurar emergência se o bebê ficar inapetente e com falta de ar. No idoso, deve-se observar a mudança brusca de humor e apatia”, completa Lima.


Letícia Neves

Comentários